Manifestamente, existe falta de verbas nas corporações, mas não será nesta altura, com o dispositivo enfraquecido pela falta de meios aéreos quando comparado com anos anteriores, que se deve equacionar a extinção dos GIPS, os quais, mesmo que não representem a melhor solução face ao investimento, não podem ser substituidos num curto espaço de tempo, nem a verba que a sua extinção libertaria teria efeitos imediatos.
Ainda menos sentido faz este pedido da LBP quando bombeiros e GIPS terão que cooperar entre sí e com quem apresentou esta proposta, algo que, mesmo dentro do mais estrito profissionalismo, não deixa de criar algum tipo de incómodo ou constrangimento na pior altura possível do ano.
Se, mesmo que os GIPS fossem extintos, esta situação seria apenas, eventualmente, positiva a médio prazo, caso as verbas com eles dispendidas fossem aplicadas nos bombeiros, algo que não aconteceria nos próximos meses, uma decisão neste sentido iria desmotivar os militares da GNR que prestam serviço nestas unidades, com repercussões na sua eficácia.
Nestes dias, as temperaturas já subiram o suficiente para que o número de fogos registados ultrapasse as duas centenas, sendo, portanto, uma altura em que este tipo de proposta, já rejeitada pelo Ministro da Administração Interna, não faz qualquer tipo de sentido, sendo apenas prejudicial para todos os envolvidos no combate aos incêndios florestais.
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