Este último aspecto é, para nós, dos mais lamentáveis, dado que serão as populações de um Interior empobrecido, muitas vezes abandonado, onde existem cada vez menos infraestruturas, quem será mais penalizado, podendo mesmo vir a impossibilitar o acesso a tratamentos, algo que consideramos inaceitável.
Objectivamente, mesmo sabendo que os custos reais diferem, não parece justo que quem vive ou sobrevive numa zona remota, onde a existência de populações é essencial, se veja penalizado pelo preço do transporte de doentes, sobretudo quando foi o próprio Estado, ao encerrar unidades de saúde locais, que conduziram a esta situação.
Naturalmente, que não podem ser as corporações a suportar estes custos, menos ainda quando existe uma manifesta falta de racionalidade, numerosos abusos e uma falta de coordenação a nível de consultas, que poderia, por exemplo, permitir uma maior concentração de doentes num único transporte, para o que seria necessário um sistema que facilitasse esta opção.
Fora de questão, obviamente, está a possibilidade de fazer transitar encargos para os doentes, certos de que muitos interromperiam tratamentos devido a falta de disponibilidade financeira, com consequências imprevisíveis, mas que podem gravosas ou mesmo fatais, sobretudo quando se trate de doenças crónicas que obrigam a um controle periódico ou tratamentos prolongados, que não permitem interrupção.
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