À medida que o Verão, e consequentemente o tempo quente, se aproximam, a eminência, ou inevitabilidade da ocorrência de incêndios florestais em números comparáveis à de anos anteriores, deverá recordar a todos que a preparação da época de maior risco foi condicionada pela pandemia que afectou todos os sectores de actividade.
Ao longo destes meses, desde que a pandemia começou a alastrar e a chegada à Europa confirmou como inevitável a sua entrada em Portugal, que a atenção se centra no seu alastramento, efeitos, formas de o combater, recursos disponíveis, avanços científicos e em tudo o que mais directamente afecta, alcançando um protagonismo de tal forma dominante que, aparentemente, nada mais de relevante haveria a considerar.
No entanto, sem por em causa o impacto devastador desta pandemia, a abordagem exclusivista efectuada pode ter um impacto particularmente negativo num vasto conjunto de vertentes da vida nacional, com a secundarização destes a comprometer a sua actividade normal muito para além do que as restrições determinadas para combater a pandemia implicavam, sendo que nalguns casos, em termos práticos, o próprio planeamento, bem como outras medidas estruturantes, foram adiadas.
Mesmo em termos de atribuição de verbas, e de execução orçamental, com as prioridades a recair sobre o Serviço Nacional de Saúde, a disponibilidade financeira, agravada pela enorme perda de receitas, atinge toda a máquina do Estado, compromentendo adjudicações, bem como a entrega de bens e serviços, inevitável quando as dívidas a fornecedores aumentam substancialmente, dificultando ou impossibilitando novos fornecimentos.
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