domingo, agosto 28, 2005
Que autoridade?
Confesso que até hoje ainda não percebera exactamente quais as funções da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, mas a entrevista que o General Ferreira do Amaral concedeu ao Expresso dissipou quaisquer dúvidas.
Quando o responsável máximo por esta entidade assumiu ter apenas um papel de apoio moral aos bombeiros, quando se esperava que fosse o coordenador pelo combate aos incêndios, torna-se inevitável considerar que não houve, efectivamente, uma melhoria da coordenação a nível nacional.
Mais grave ainda, criou-se uma ilusão de haver um orgão de cúpula, chefiado por um militar experiente e prestigiado, que se suponha estar investido da autoridade de dirigir sob um comando único as várias estruturas e entidades envolvidas nos combates aos incêndios. Sabe-se agora que para além de funções de aconselhamento ou consultadoria, as quais deveriam ser deixadas a especialistas na matéria, esta autoridade apenas o é de nome, deixando ao SNBPC as mesmas funções que há muito desempenhava.
Concluo que ainda não foi este ano que existiu um comando único, capaz de eliminar problemas coordenação e de responsabilidades sobrepostas ou indefinidas, e de se impor sobre o caos que tantas vezes é patente nas operações de combate aos fogos. Pena é que, durante a maior parte da época de incêndios, tenha sido criada a ilusão de que este ano havia Autoridade.
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