Um dos factores que tem vindo a agravar o problema dos incêndios florestais no interior do País tem sido a evolução demográfica particularmente desfavorável. Para além do envelhecimento da população, que se verifica a nível geral, a falta de oportunidades de emprego e de carreira determina um fluxo constante de jovens em direcção às cidades de que resulta uma desertificação do interior. Este problema tem como resultado óbvio uma escassez de população jovem e uma diminuição do efectivo laboral, de que resulta uma cada vez maior vulnerabilidade a situações de catástrofe.
Se bem que este problema só possa ser resolvido através de medidas estruturais de grande impacto, com francas vantagens para empresas e particulares activos que optem por fixar-se por períodos determinados em zonas do interior, é possível implementar medidas de emergência que limitem a extensão do problema enquanto uma solução mais defenitiva é estudada.
Quando imaginamos o Projecto Verão Verde, um dos pilares principais era a deslocação de participantes do litoral para o interior recorrendo ao apoio da indústria hoteleira. Esta, para além de uma maior taxa de ocupação, poderia praticar preços mais reduzidos aos participantes no Projecto caso fizessem um acordo com entidades municipais, obtendo uma compensação a nível fiscal ao abrigo da Lei do Mecenato.
Também outras indústrias, nomeadamente ligada a actividades de todo o terreno, turismo de aventura ou de vendas de equipamentos informáticos ou de orientação, entre outras, poderão beneficiar deste tipo de actividade, tanto mais importante numa época em que todos os meios para estimular a economia nacional são importantes. Caberá, logicamente, aos operadores turísticos e económicos e às autarquias estabelecer os protocolos que permitam uma colaboração eficaz e vantajosa para todos.
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