quarta-feira, setembro 13, 2006

Dispositivo de combate a incêndios em "Alerta Azul" até domingo


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A essencial abertura de caminhos florestais

Num dia em que não se verificam ocorrências graves, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) decidiu colocar até domingo o dispositivo nacional de vigilância e combate aos incêndios em alerta mínimo, do que decorre um menor grau de prontidão e de alocação de meios.

O "Alerta Azul" foi determinado na passada sexta-feira devido à previsão de uma descida das temperaturas, que já se verifica, e à ocorrência de aguaceiros em vários pontos do país, nomeadamente nas zonas Norte e Centro.

Durante o encontra semanal com a comunicação social, o comandante operacional do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), Gil Martins,informou que de 04 a 10 de Setembro, deflagraram 1.639 incêndios florestais, número superior ao registado durante o mesmo período em 2005, mas a área ardida "não é significativa em termos comparativos".

"Não foi registado nada de significativo em relação aos fogos florestais na última semana e, dadas as previsões meteorológicas, prevê-se que esta semana continue assim", adiantou o comandante do CNOS, que salientou o facto de, entre 01 de Julho e segunda-feira, os populares constituírem a maior fonte de alerta de incêndios, com 40 a 50% do total, superando o número de chamadas telefónicas para o 117.

Esta seria, no entanto, uma altura para aproveitar na construção ou manutenção de caminhos florestais, de aceiros ou de trabalhos de planeamento, aproveitando assim este período de menor actividade para diminuir a pressão em alturas onde o número de ocorrências não permite descanso.

No actual quadro, em qual após uma época de maior actividade e desgate, se segue uma quase debandada, patrocinada pelas instâncias coordenadoras a nível nacional, deverá ser revisto com urgência de modo a distribuir, tanto quando possível as tarefas pelos meses do ano.

Uma gestão de efectivos rigorosa deveria permitir nesta altura, para além de uma rotação durante os períodos mais críticos, a realização de diversos trabalhos indispensáveis, sendo que a redução pura e simples de efectivos ou a sua desmobilização contribui para situações gravosas quando o dispositivo estiver sob maior pressão.

A nossa sugestão, neste aspecto, é a de manter os mesmo efectivos, com uma carga de trabalho mais reduzida e num esquema de rotação, de modo a permitir o necessário descanso, orientando a actividade para tarefas fisicamente menos exigentes, como, por exemplo, na orientação de entidades municipais na abertura ou manutenção de caminhos, em trabalhos de cartografia, recuperação de meios ou a nível de planeamento.

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