Fogo nocturno: cada vez mais habitual
Com início às 22:26 no concelho do Mougadoro, distrito de Bragança, um incêndio consome mato em Bruçó, numa área do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), e está ser combatido por 28 bombeiros com 7 veículos.
Também em Ermida, no concelho de Terras do Bouro, no distrito de Braga, um incêndio que começou pelas 21:40 está por circunscrever, estando no local 25 bombeiros e 7 viaturas.
Após uma situação em que não se verificavam incêndios, esta ocorrência tardia levanta justas suspeitas dada a estranheza que suscita uma ocorrência a esta hora.
Nos últimos dias, apesar das temperaturas mais baixas e de algum arrefecimento nocturno, tem-se verificado um número significativo de ocorrências noturnas, com início após o pôr do Sol, numa altura em que tal já não seria de prever com base em causas naturais.
Também o acréscimo de incêndios em áreas protegidas, deverá ser devidamente analizado, dado que duas hipóteses surgem de forma imediata, sendo que a primeira é a de que estas são as poucas zonas poupadas em anos anteriores, o que desmente uma maior eficácia no combate, mas tão somente o quanto o País tem ardido.
A segunda, que tem em conta a hora tardia, é a de que existe intencionalidade, sendo escolhidas áreas onde haja facilidade de propagação, algo que cada vez mais é um exclusivo dos parques naturais que foram poupados até hoje.
Provavelmente, sujeito a investigação, será uma conjugação destas possibilidade que levará a esta lamentável situação da perda de áreas de importância estratégica que o Estado não tem sido capaz de proteger eficazmente.
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