Já começou a nevar no território nacional e a previsão do Instituto de Meteorologia (IM) é de que a temperatura, condicionada por uma massa de ar frio polar, vai continuar a descer.
Ontem, no município de Montalegre, distrito de Vila Real, já caiu neve nos pontos mais altos e prevê-se que o frio se vá fazer sentir até ao próximo fim de semana, com possibilidades de ocorrência de neve em zonas acima dos 1.000 metros nas regiões do Centro e acima dos 800 metros nas regiões do Norte do País.
Esta baixa temperatura e a forte ondulação do mar já levou a que o Norte de Portugal esteja em alerta amarelo e Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) já emitiu um conjunto de recomendações para quem tiver que enfrentar estas condições meteorológicas.
Entre os cuidados a ter recomendados pelo SNBPC, encontram-se uma especial atenção a lareiras e sistemas de aquecimento, nomedamente os que possam sobrecarregar a rede eléctrica, provocando curto-circuitos, ou emitir monóxido de carbono, dos quais resultam anualmente diversos acidentes.
O SNBPC também alerta para o uso de vestuário apropriado, com várias camadas de roupa, luvas e protecção na cabeça, sobretudo tratando-se de crianças, idosos e doentes.
É também recomendado que não haja consumos excessivos de energia, dado que podem resultar numa sobrecarga da rede que pode ter como consequências falhas no fornecimento de electricidade.
Apesar desta descida de temperatura, tem-se verificado que, mesmo em zonas remotas, estamos longe dos valores registados há apenas poucas décadas, facto constantes das estatísticas do IM e do próprio sentir das populações, patente no testemunho dos que são mais idosos e se recordam bem do Inverno em Trás os Montes ou na Beira Interior na sua juventude.
No entanto, e apesar de esta temperatura não ser anormal, o arrefecimento provoca situações de algum perigo, que devem ser acauteladas, nas quais incluimos eventuais dificuldades na circulação rodoviária, fruto da acumulação de neve e gelo que pode levar ao encerramento de algumas vias.
Este último, apesar de não ter sido mencionado, acaba por ser o principal problema, que atinge uma especial gravidade em zonas mais isoladas, privadas de acessos e onde os meios de socorro locais são cada vez mais escassos na sequência dos sucessivos encerramentos de urgências hospitalares e unidades de saúde.
Esperamos que, do isolamento resultante de uma temperatura normal para esta época do ano, não resultem as consequências graves a que, infelizmente, nos temos habituado a relatar e que um "alerta de frio" não se revele algo muito mais grave do que a expresão aparentemente quer anunciar.
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