A partir do dia 1 de Julho, vão estar disponíveis cerca de 9.000 efectivos para o combate aos incêndios florestais, correspondendo a um aumento de perto de 15% relativamente a 2006.
Na Directiva Operacional Nacional de 2007, elaborado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), é previsto um dispositivo que será aumentado em fases sucessivas e que contará com mais de 5.000 bombeiros, reforçados por 1.300 elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR).
A GNR, para além das equipas helitransportadas de combate a incêndios do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), vai integrar no dispositivo os militares do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), que terão a missão de prevenir e detectar os fogos.
Está prevista a participação de um total de 50 aeronaves, que serão disponibilizadas de forma progressiva a partir de 15 de Maio, incluindo 16 aviões e 34 helicópteros, dos quais 10 pertencentes ao Estado.
Também as unidades helitransportadas dos bombeiros serão reforçadas, passando a contar com um total de 140 efectivos que irão operar nos distritos da Guarda, Castelo Branco, Santarém e Portalegre.
Coloca-se a questão da contabilização dos efectivos e se o aumento de 15% agora anunciado não resulta, essencialmente, da adição dos militares do SEPNA, que há muito desempenham as missões descritas na Ordem de Serviço, bem como do aumento de efectivos do GIPS, que resultam do enfraquecimento de outras unidades da GNR de onde estes são originários.
Assim, dependo da forma como são feitas as contas, podemos estar perante um aumento ou diante de uma mera operação contabilística cujos resultados são apenas visíveis em termos de aparência.
Após um ano em que não houve medidas estruturais que contribuissem para uma menor incidência de fogos, com decisões políticas que apenas contribuem para desertificar o Interior do País, a aposta é, mais uma vez, no combate que, independentemente do seu sucesso, acaba por nunca passar por uma táctica de controle de danos.
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