Mi-8 no combate a incêndios florestais
Apesar de terem respondido ao concurso centenas de candidatos, não foi possível selecionar os 28 pilotos necessários para operar os helicópteros pesados adquiridos pelo Estado, pelo que a opção pelo acordo com a Kamov acabou por ser inevitável.
Os 12 pilotos russos vão operar os Kamov em conjunto com colegas portugueses, de modo a que estes ganhem experiência na difícil e complexa tarefa de pilotar helicópteros no combate aos incêndios florestais, evitando assim o recurso a tripulações com pouco treino neste novo meio aéreo.
Tal como os quatro helicópteros ligeiros adquiridos à Eurocopter, os Ka-32 deverão estar operacionais a partir de 15 de Maio, reforçando os dois Bell actualmente disponíveis, de modo a actuarem na luta contra os fogos e em missões genéricas no âmbito da protecção civil.
Também durante o mês de Maio será aberto o concurso para aquisição de quatro meios aéreos pesados, mas tudo aponta para que o processo leve vários anos até estes serem adquiridos, pelo que a solução continuará a passar pelo aluguer.
Assim, aos dois Canadair já alugados, deverão juntar-se outros dois contratados, que constituirão os meios mais pesados disponíveis neste Verão que se aproxima.
A solução da contratação, ou cedência, conforme exista ou não contrapartidas, de pilotos com experiência na operação dos Ka-32 em combate contra fogos florestais acaba por ser a opção mais adequada, provavelmente a única dada a impossibilidade de formar atempadamente novas tripulações.
Já nos manifestamos previamente contra o recurso a pilotos militares sem que estes tenham a necessária preparação, que será longa dada a especificidade dos meios a operar e as particularidades que se verificam nos voos em zonas de fogos, onde as turbulências, diferenças de sustentação, fumos e outras dificuldades tornam este tipo de missão extremamente arriscada.
Desta forma, torna-se inevitável o recurso a pilotos especializados, que se espera possam contribuir para a formação dos elementos que no futuro virão a operar os Ka-32 adquiridos, limitando assim o risco deste tipo de missão sempre particularmente delicada de realizar.
3 comentários:
São mesmo os Canadair 415 ou da versão 200?
Acho que os 2 Beriev B-200 afinal sempre vêm a Portugal - alugados ao que parece à AeroNova.
Olá
Já ouvi as duas versões relativamente ao modelo do Canadair, mas neste caso o link é o usado habitualmente para os aviões do fabricante e induz em erro.
Vamos a ver como é com os Beriev, mas se o planeamento for idêntico ao de 2006, prefiro os Canadair.
Um abraço e obrigado pelo comentário.
Caro Nuno,
não lhe posso garantir que são todos os que vão participar no combate a incêndios este ano mas pelo menos alguns pilotos do Exército têm experiência no combate a incêndios, ao serviço das empresas contratadas para combater fogos em Portugal. Uma vez que o UALE ainda não tem aeronaves, tem sido um dos expedientes utilizados pelos pilotos para irem fazendo as horas de vôo).
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