quinta-feira, abril 12, 2007

Kamov cede pilotos a Portugal


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Mi-8 no combate a incêndios florestais

Na impossibilidade de selecionar atempadamente pilotos com as qualificações e a experiência necessárias para operar os Ka-32, a solução negociada entre o Governo e a Kamov passa pela cedência de doze pilotos por parte da empresa fabricante destes helicópteros.

Apesar de terem respondido ao concurso centenas de candidatos, não foi possível selecionar os 28 pilotos necessários para operar os helicópteros pesados adquiridos pelo Estado, pelo que a opção pelo acordo com a Kamov acabou por ser inevitável.

Os 12 pilotos russos vão operar os Kamov em conjunto com colegas portugueses, de modo a que estes ganhem experiência na difícil e complexa tarefa de pilotar helicópteros no combate aos incêndios florestais, evitando assim o recurso a tripulações com pouco treino neste novo meio aéreo.

Tal como os quatro helicópteros ligeiros adquiridos à Eurocopter, os Ka-32 deverão estar operacionais a partir de 15 de Maio, reforçando os dois Bell actualmente disponíveis, de modo a actuarem na luta contra os fogos e em missões genéricas no âmbito da protecção civil.

Também durante o mês de Maio será aberto o concurso para aquisição de quatro meios aéreos pesados, mas tudo aponta para que o processo leve vários anos até estes serem adquiridos, pelo que a solução continuará a passar pelo aluguer.

Assim, aos dois Canadair já alugados, deverão juntar-se outros dois contratados, que constituirão os meios mais pesados disponíveis neste Verão que se aproxima.

A solução da contratação, ou cedência, conforme exista ou não contrapartidas, de pilotos com experiência na operação dos Ka-32 em combate contra fogos florestais acaba por ser a opção mais adequada, provavelmente a única dada a impossibilidade de formar atempadamente novas tripulações.

Já nos manifestamos previamente contra o recurso a pilotos militares sem que estes tenham a necessária preparação, que será longa dada a especificidade dos meios a operar e as particularidades que se verificam nos voos em zonas de fogos, onde as turbulências, diferenças de sustentação, fumos e outras dificuldades tornam este tipo de missão extremamente arriscada.

Desta forma, torna-se inevitável o recurso a pilotos especializados, que se espera possam contribuir para a formação dos elementos que no futuro virão a operar os Ka-32 adquiridos, limitando assim o risco deste tipo de missão sempre particularmente delicada de realizar.

3 comentários:

E disse...

São mesmo os Canadair 415 ou da versão 200?

Acho que os 2 Beriev B-200 afinal sempre vêm a Portugal - alugados ao que parece à AeroNova.

Nuno Cabeçadas disse...

Olá

Já ouvi as duas versões relativamente ao modelo do Canadair, mas neste caso o link é o usado habitualmente para os aviões do fabricante e induz em erro.

Vamos a ver como é com os Beriev, mas se o planeamento for idêntico ao de 2006, prefiro os Canadair.

Um abraço e obrigado pelo comentário.

KW disse...

Caro Nuno,
não lhe posso garantir que são todos os que vão participar no combate a incêndios este ano mas pelo menos alguns pilotos do Exército têm experiência no combate a incêndios, ao serviço das empresas contratadas para combater fogos em Portugal. Uma vez que o UALE ainda não tem aeronaves, tem sido um dos expedientes utilizados pelos pilotos para irem fazendo as horas de vôo).