Esquema do Galileo: para quando a realidade?
O objectivo deste acordo é utilizar um sistema comum de frequências de forma a que a informação enviada pelos satélites se possa complementar, fornecendo dados com maior precisão e disponibilidade.
Apesar de o Galileo estar atrasado e surgirem dúvidas quanto à sua viabilidade económica, estando previstas diversas alterações na sua condução, a interoperabilidade surge como inevitável pois espera-se que os fabricantes de receptores produzam equipamentos capazes de receber e combinar informações de ambos os sistemas de orientação.
Para além de aumentar a precisão, a combinação de sinais pode compensar dificuldades de recepção de um dos sistemas em áreas específicas ou se um ou mais satélites estiverem fora de serviço.
Actualmente o sistema GPS inclui um total de 30 satélites, estando previsto que o Galileo disponha do mesmo número em 2010 e que esteja operacional dois anos depois.
Esta aliança era expectável, pois caso não fosse efectuada a nível dos sistemas, a compatibilização seria realizada nos equipamentos receptores que receberiam sinais de ambos e os combinariam, de forma a obter os melhores resultados possíveis, mesmo que disso resultasse um preço mais elevado para o utilizador final.
No entanto, para além das intenções, o problema mantém-se pois a viabilidade do Galileo não nos parece assegurada, mesmo que a Comissão Europeia decida aumentar o investimento que, com menos parcerias privadas, acabará por recair no contribuinte europeu e poderá ver a sua entrada em funcionamento adiada.
Espera-se, pois, que exista uma solução política que permita manter o calendário do Galileo sem o que outras potências, como a China ou a Índia poderão vir a antecipar-se, sendo que uma opção por parte da Rússia de abrir o seu sistema, actualmente para uso exclusivamente militar, poderia vir baralhar ainda mais os possíveis cenários e comprometer o futuro do sistema de navegação europeu.
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