sexta-feira, julho 20, 2007

24.000 chamadas falsas para o 112 em 2006


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Os helis do INEM fizeram 10 anos dia 17

Segundo informou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), durante o ano passado, a linha de emergência 112 recebeu 24.000 chamadas falsas, do que resultaram saídas de 9.000 sem motivo real.

Estes dados constam do comunicado do INEM "E se precisasse de uma ambulância e esta estivesse ocupada numa chamada falsa", que adianta que a média diária de chamadas falsas é de 66, das quais resulta a mobilização de meios em 25 dos casos.

No texto pode ler-se que "cabe a todos - instituições, cidadãos, comunicação social", assegurar e ensinar que o 112 é um número que só deve ser utilizado em situações verdadeiras. É que, cada brincadeira para este número pode provocar dificuldades no socorro a quem dele verdadeiramente necessitar".

Este número de falsas chamadas, que consome importantes recursos nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), onde são feitas as triagens, e em termos de meios operacionais, pode ter consequências graves e sobrecarregar um sistema que, em várias épocas do ano, atinge verdadeiros picos.

Num texto anterior, em que esta questão foi abordada em relação aos incêndios florestais, contestamos a moldura penal existente, a qual não tem em conta eventuais consequências resultantes da activação de recursos na sequência de uma chamada falsa, sobretudo se, da sua falta ou atraso, resultar a perda de uma ou mais vidas humanas.

As sanções prevista na lei, que se baseiam no acto e não nas possíveis e, por vezes, reais consequências, não têm o efeito dissuasor que reduzam este tipo de crime, sendo que a não localização das chamadas vem dificultar as investigações.

Só após a implementação de um sistema adequado de geolocalização, que identifique também os telefones móveis, e de alterações a nível legal, agravando as sanções em função das consequências, se poderá esperar que aqueles que são insensíveis às campanhas educativas do INEM possam desistir de atitude que colocam em perigo, inclusivé, a sua própria vida, dado que ninguém sabe quando vai necessitar de um meio de emergência.

2 comentários:

Paulo Ferreira disse...

O INEM devia se preocupar mais, pelo o uso de ambulâncias constante sem qualquer critério, onde o INEM e o principal culpado.

Mas isso não é importante, o mais importante é aparecer na comunicação social.
Obrigado

Nuno Cabeçadas disse...

O INEM tem falhas de coordenação, mas a triagem é difícil quando há vidas em jogo. Se quem faz falsas chamadas fosse mais consciente e houvesse um sistema de localização eficaz, o problema diminuia.

Um abraço