terça-feira, fevereiro 26, 2008

Bons meios de comunicações não substituem uma má organização - 1ª parte


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Esquema de um sistema rádio numa ambulância

Para um recente acidente na Estrada Nacional 29 foram mobilizadas unidades de três entidades diferentes ligadas ao socorro, sem que cada uma tivesse informação da presença das restantes.

Compareceram no local do acidente elementos dos bombeiros voluntários e municipais, uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) e outra de suporte imediato de vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e meios da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).

O próprio Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) desconhecia o número exacto de feridos resultantes do choque entre duas viaturas, ocorrido pelas 03:40, e passadas horas, ao início da manhã, ainda só tinha conhecimento de quatro sinistrados, quando havia um total de cinco em cada uma das viaturas.

Os dois feridos graves, que tiveram que ser desencarerados, foram transportados para o Hospital de Viseu, sendo que um deles, devido ao seu estado, acabou por ser evacuado de helicóptero para os Hospitais da Universidade de Coimbra.

Mais tarde, os números do CDOS subiram para os sete, mas nunca atingiram os dez contabilizados pela Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana, que investiga a ocorrência.

A falta de contacto rádio entre as várias entidades foi mencionada como principal causa da descoordenação verificada, mas tal tende a ser uma abordagem simplista, dado que o problema parte da própria estrutura do socorro em Portugal e acaba na inexistência de uma rede de comunicações de emergência partilhada por todas as entidades ligadas ao socorro e à segurança.

1 comentário:

Zero disse...

É ao INEM, através do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes)que cabe a coordenação do pré-hospitalar. As entidades envolvidas no socorro foram enviadas por este Centro. Só a ele devem questionar o que quer que seja. É evidente que o CDOS nada sabe, a não ser daquilo que lhe compete. Cada macaco no seu galho. Se as redacções dos órgãos de comunicação social s´têm o número de contacto dos vários CDOS para perguntar »como correu esta noite», que o alterem. Passem a questionar quem sabe e quem geriu o socorro - O INEM com o seu CODU.