sábado, março 01, 2008

Governo recua nos encerramentos - 2ª parte


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Hospital de Torres Novas

Este recuo do ministério da Saúde, por ser demasiado pontual, não resolve nem o problema dos inúmeros concelhos que ficaram sem serviços de atendimento permanente, nem transmite a mensagem de que os erros serão corrigidos, assumindo-se apenas como mais uma medida casuística que em pouco melhora o panorama geral.

Não se pode por em causa a necessidade de, permanentemente, analisar e reorganizar a rede hospitalar em Portugal, de acordo com um plano integrado que vise não apenas a vertente da saúde, mas também a mensagem política que se quer fazer passar às populações, facto extremamente relevante caso se pretenda atrair habitantes ou desenvolver uma dada região.

A manutenção ou instalação de uma unidade de saúde, tal como acontece com um estabelecimento de ensino superior, uma nova fábrica ou um polo industrial, deverá assim ser vista também como um investimento no desenvolvimento regional, criando condições para fixação de novos habitantes, mais jovens e qualificados, os quais, no futuro, justificarão a existência de infraestrututas que hoje podem parecer fazer pouco sentido.

Governar não pode surgir como algo de reactivo, abrindo ou encerrando valências ou equipamentos como resposta a evoluções demográficas, mas sim como algo de proactivo, que cria as condições para que uma tendência negativa seja invertida e zonas em vias de despovoamento voltem a ser competitivas.

A política de saúde, como parte de um todo, é da maior importância para que o Interior do País recupere a sua vitalidade e volte a ser um factor de desenvolvimento a nível nacional, pelo que é necessário que seja revista de acordo com uma perspectiva mais abrangente, onde o seu papel seja mais do que a simples prestação de serviços e se transforme em mais um argumento para a fixação de populações e para o desenvolvimento regional.

1 comentário:

anjo disse...

Olá amigo , Ainda bem que recuaram em não fechar o Hospital , pois daqui a pouco não hospitais , enfim não sei o que este governos pensa fazer queixavam se de haver poucos medicos daqui a pouco há mt mas é no desemprego , vamos ver aonde isto vai parar ,bom fim de semana bijos doces:)