quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Velocidade da banda larga muito abaixo do prometido


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Um "cable modem" SMC 8002

A percepção de que a velocidade média de acesso à Internet é inferior à contratada existe há muito e é confirmada, mais uma vez, pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).

Apesar de uma melhoria nos últimos anos, os principais operadores continuam a anunciar velocidades que normalmente não cumprem, sendo que nos contratos surge, de forma discreta essa possibilidade, embora de forma não quantificável.

O estudo da ANACOM abrangeu os quatro maiores operadores, que detêm conjuntamente perto de 90% do mercado de banda larga e concluiu que é a nível do cabo que a velocidade real mais se aproxima da que for contratada.

De entre os testes de ADSL, a ANACOM constatou que os clientes do Sapo de 4 Mbps navegam a uma velocidade média de 66.2% do anunciado, ou seja a 2.66 Mbps e os do Clix de 12 Mbps apenas a 32% do prometido, algo perto dos 4 Mbps.

Relativamente ao cabo, os clientes da Cabovisão de 2 Mbps conseguem médias na ordem dos 87.6%, algo perto dos 1.75 Mbps, enquanto os da Netcabo a 4 Mbps sofrem uma redução para 81.2%, que resulta em perto de 3.2 Mbps.

Se nalguns casos a diferença é escandalosa, também não podemos deixar de nos interrogramos se as velocidades mais elevadas não serão mais afectadas, dado que muitas das ligações usam infraestruturas comuns, acabando por ter uma velocidade constante, não obstante a velocidade de acesso ser diferente.

Apesar dos imponderáveis, devia haver a obrigação de não anunciar velocidades que superem em mais do que 10% a média obtida em testes, com a imposição da devolução das importâncias cobradas em excesso quando comparadas com outras ofertas do mesmo operador.

Sem a imposição de regras claras e de sanções, continuaremos a assitir a promessas que, manifestamente, se assumem como enganadoras, prejudicando seriamente os consumidores e os operadores mais sérios, que assim se vêm confrontados pelos prejuizos resultantes de uma publicidade enganosa.

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