O equilíbrio é, sem dúvida, difícil e polémico, mas não queremos deixar de mencionar o facto de muitos destes serviços serem gratuitos para a maioria dos utilizadores, sendo suportados pela publicidade e por contratos "premium" com empresas.
Interrogamo-nos se, em troca do fim da publicidade e de uma maior privacidade, os utilizadores estariam dispostos a pagar por um serviço hoje gratuito, ou se uma simples explanação do uso dos seus dados seria suficiente para atingir um equilibrio aceitável.
Devemos lembrar que apagando o histórico de cada computador, eliminando periodicamente os "cookies" ou rejeitando aqueles que são provenientes de "sites" de pesquisa e prescindindo de fazer operações que impliquem o envio de dados após um "login" aumenta substancialmente a privacidade durante a navegação e diminui a possibilidade de recolha de dados.
Para quem pretenda aumentar a sua privacidade, recordamos que existem programas que apagam o histórico, incluindo a lista de "sites" visitados, "cookies" ou ficheiros temporários, sendo ainda possível aumentar os níveis de segurança do "browser" e desactivar um conjunto de funções que praticamente garantem o anonimato, embora à custa da perda de algumas funcionalidades.
É nossa opinião a de que a recolha e utilização de informação recolhida durante a navegação deve ser auditada por uma entidade independente e acessível ao utilizador, sempre que este se tenha autenticado perante o sistema, o qual deverá ter o direito de a corrigir, limitar os fins a que se destina ou solicitar a sua eliminação.
Esta perspectiva, que de certa forma é uma extrapolação de muito do que existe na legislação que rege a recolha e processamento de dados pessoais, deverá ser extendida à Internet, de modo a que as garantias de privacidade sejam independentes do meio de recolha de informação utilizado.
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