Exemplo de uma torre de vigilância florestal
A este problema acresce a falta de equipamentos rádio, tendo os vigilantes que contar com comunicações via rede de telemóvel, que nem sempre está disponível nos locais remotos em que os postos de vigia estão instalados.
Para os bombeiros, que consideram a situação inadmissível, o problema tem origem na falta de verbas da Guarda Nacional Republicana que impede o pagamento de horas extraordinárias.
Para o Governo a responsabilidade da gestão da rede de detecção de incêndios cabe à GNR, omitindo que esta força recebe as verbas que o poder político lhe atribui, pelo que a escassez de meios, obviamente, resulta da contenção orçamental e não da vontade de quem se vê confrontado com uma incapacidade de atender a todas as necessidades.
Segundo a directiva operacional nacional, durante a "Fase Charlie" todos os postos de detecção de incêndios devia funcionar em regime de permanência, e nunca, como diz o secretário de Estado da Protecção Civil, de acordo com a avaliação de risco, o que contraria o planeamento existente.
Este governante desvaloriza ainda mais o encerramento do sistema de vigilância quando afirma que as torres detectam apenas 10% dos incêndios, quase dando a entender que este número será insignificante quando, efectivamente, mesmo sendo uma percentagem baixa, esta traduz-se em muitas centenas de ocorrências que, sem detecção nas primeiras fases, poderiam ter consequências imprevisíveis.
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