Notícia do JN acerca deste tema
Esta é uma consequência do elevado número de acidentes, dos quais têm resultado numerosas vítimas, que decorrem de acidentes de viação que envolvem não apenas ambulâncias, mas diversos tipos de veículos ao serviço dos bombeiros.
Segundo a LBP, quase 60% dos bombeiros que perderam a vida em serviço, morreram em consequência de acidentes de viação que envolveram ambulâncias de socorro e de transporte e viaturas de combate aos incêndios.
A LBP não especificou quantas destas vítimas ocorreram em missões de urgência ou de simples transporte ou trânsito, nem se foram consequência de falha técnica ou humana, dados essenciais para caracterizar o problema e estudar as soluções mais adequadas.
Se tomarmos como exemplo o acidente que ocorreu na passada segunda-feira, em que se verificaram dois mortos e dois feridos graves na sequência do despiste de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários da Benedita, o problema principal residirá não na falta de formação mas, provavelmente, na permissividade de que resultou a não utilização de cintos de segurança por parte de todos ou alguns dos ocupantes.
Sendo a formação importante, sobretudo para quem desempenha missões de socorro, a mudança de mentalidade e sancionamento de um conjunto de comportamentos de risco, que se aproximam da negligência grosseira, será o factor mais essencial para reduzir o elevado número de perda de vidas humanas entre os bombeiros.
A LBP pode, no entanto, insistir com as corporações no sentido de sensibilizar e mesmo de impor um conjunto de normas que dependem exclusivamente de uma decisão interna, sem a necessidade de esperar por um plano a acordar com outras entidades, do que pode resultar atrasos e o prolongar de uma situação que propicía o elevado número de acidentes.
A formação, sobretudo para quem conduz em missões de socorro urgentes, é essencial, mas a mudança de mentalidades é a chave para reduzir o número de acidentes e esta passa, sobretudo, pelos comandos e pela própria estrutura da ANPC, que devem impor as normas que o bom senso e a prudência há muito recomendam.
2 comentários:
Vale mais tarde do que nunca, formação em condução de veículos de emergência é necessário, e para quem sabe, actualmente não existem motoristas nos bombeiros, somente Bombeiros com carta de condução, onde mãos de 99% deles não tem averbamento na carta para condução desses de veículos de socorro, um averbamento que não é nada mais que um exame medico básico.
Não é a questão dos cursos que está em questão, até porque a formação especializada já tinha sido mencionada anteriormente:
http://veraoverdeorg.blogspot.com/2007/02/cursos-de-conduo-especializada.html
O problema é que muitos dos acidentes, nomeadamente entre os que envolvem transportes não urgentes, não se devem a uma mera questão de formação mas a uma postura que, por exemplo, considera dispensável o uso de cintos de segurança.
Os cursos a acordar com a ANPC e com a ANSR demoram a ser planeados e mais ainda a serem realizados e, no entretanto, a LBP bem podia desenvolver acções de aconselhamento ou de sensibilização.
Um abraço
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