terça-feira, setembro 16, 2008

Já existe autorização para "chips" nos veículos - 2ª parte


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Um esquema de um "transponder"

Na verdade, teria sido mais adequado que, em vez de desmaterializar o Imposto Único de Circulação, o selo passasse a ser um "transponder" com duração coincidente com o do pagamento do imposto, já que agora o antigo selo em papel muda de forma e assume contornos tecnológicos com custos pagos pelo proprietário da viatura.

Da autorização presidencial consta também a preocupação quanto à privacidade, nomeadamente à capacidade de ligar o número do identificador à matrícula e esta ao proprietário e aos seus hábitos, mas, mesmo sem que esta possibilidade se verifique, os "transponders" podem continuar a ser um meio para que diversos tipos de estudos sejam efectuados.

Usando apenas o número do identificador, mesmo sem o ligar a outras informações através de uma base de dados, podem-se analizar padrões de comportamento, efectuar numerosos estudos estatísticos seja a nível de fluxo viário, seja de hábitos dos proprietários.

Corre-se, ainda, o risco de a base de dados vir a ser tornada pública de forma indirecta ou a haver ficheiros parciais resultantes da leitura clandestina do "transponder" à qual é associada a leitura visual da matrícula, independentemente da vontade e da autorização do proprietário.

Os "transponders" integrados numa solução mais completa e devidamente ocultados no interior das viaturas, por exemplo na parte interior do "chassis", podem ajudar a combater diversos tipos de criminalidade, mas, caso esta seja mais uma medida avulsa, farão parte do problema, acrescentando uma nova dimensão, e não da sua resolução.

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