Os dados provisórios da Autoridade Florestal Nacional (AFN) publicados esta semana apontam para uma substancial redução da área ardida em Portugal entre os dias 01 de Janeiro e 15 de Setembro.
Neste intervalo de tempo arderam 10.105 hectares, correspondentes a 3.315 ha de povoamentos e 6.790 de matos , correspondendo a uma diminuição de 43,6% relativamente ao período homologo do ano passado, no qual arderam 17.947 ha.
Em contrapartida, o número de ocorrências aumentou ligeiramente, com um total de 9.652 registadas este ano, que incluem 1.721 incêndios florestais e 7.931 fogachos, o que representa um aumento de 692 em relação a 2007.
Estes dados surgem poucos dias após se saber que este Verão foi o menos quente dos últimos anos, factor que, associado a uma substancial diminuição das zonas verdes, ao aumento de descontinuidades e a uma maior eficácia no combate e na coordenação, justifica estes números.
A falta de políticas de reflorestação e a consequente diminuição da área florestal, que parece não ser contestada, acaba por ser um lamentável compromisso que, em troca da diminuição da área ardida, algo que surge em lugar de destaque nas notícias, emprobrece o País, contribuindo para a ruina de vastas zonas do Interior, facto que é esquecido por quase todos os analistas.
Na verdade, como dissemos há um par de anos, quando a área florestal tiver sido muito substancialmente reduzida, inevitavelmente a área ardida anualmente diminuirá numa proporção ainda maior, resultando numa aparência de sucesso que é obtido à custa de um verdadeiro desastre social.
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