terça-feira, setembro 02, 2008

Turnos de 24 horas no INEM - 1ª parte


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Um par das novas ambulâncias SIV do INEM

Estão reportadas situações em que os tripulantes das ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) efectuam turnos de 24 horas enquanto outros são obrigados a trabalhar oito horas seguidas sem pausas para alimentação

Para o INEM os turnos de 24 horas são de carácter excepcional, e "não existe qualquer risco para as tripulações e populações", recorrendo ao argumento de que "também decorrem nos hospitais e não representam riscos", no qual é omitido que nos hospitais existem outro tipo de condições de trabalho e não há a necessidade de conduzir, muitas vezes a velocidade elevada.

Para o INEM estes turnos de 24 horas são uma necessidade em períodos de férias, quando o número de efectivos diminui, ou nos períodos em que ocorrem mais acidentes de viação, incluindo-se os fins de semana de início e fim de férias e os períodos festivos, altura em que o número de chamadas dispara.

Esta situação é do conhecimento Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência que já alertou para os riscos que resultam de turnos de 24 horas ou da falta de alimentação, mas a tentação de uma compensação de três dias de descanso e pagamento de horas extras após um dia inteiro de trabalho é tentadora para muitos tripulantes que aceitam este regime.

Quem aceita estes trabalhar por 24 horas seguidas tem que assinar um documento a declarar a aceitação deste turno que, queira-se ou não, implica riscos acrescidos para tripulantes e para as populações, bastando para tal efectuar a experiência em simulações de risco controlado.

Igualmente grave é a impossibilidade de efectuar uma pausa para comer, várias vezes recusadas pelo Centro de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU) quando se verifica um número de ocorrências superior à disponibilidade de meios, pois a falta de alimentos pode resultar em situações de excessivo cansaço ou em hipoglicémia.

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