Um par das novas ambulâncias SIV do INEM
Para o INEM os turnos de 24 horas são de carácter excepcional, e "não existe qualquer risco para as tripulações e populações", recorrendo ao argumento de que "também decorrem nos hospitais e não representam riscos", no qual é omitido que nos hospitais existem outro tipo de condições de trabalho e não há a necessidade de conduzir, muitas vezes a velocidade elevada.
Para o INEM estes turnos de 24 horas são uma necessidade em períodos de férias, quando o número de efectivos diminui, ou nos períodos em que ocorrem mais acidentes de viação, incluindo-se os fins de semana de início e fim de férias e os períodos festivos, altura em que o número de chamadas dispara.
Esta situação é do conhecimento Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência que já alertou para os riscos que resultam de turnos de 24 horas ou da falta de alimentação, mas a tentação de uma compensação de três dias de descanso e pagamento de horas extras após um dia inteiro de trabalho é tentadora para muitos tripulantes que aceitam este regime.
Quem aceita estes trabalhar por 24 horas seguidas tem que assinar um documento a declarar a aceitação deste turno que, queira-se ou não, implica riscos acrescidos para tripulantes e para as populações, bastando para tal efectuar a experiência em simulações de risco controlado.
Igualmente grave é a impossibilidade de efectuar uma pausa para comer, várias vezes recusadas pelo Centro de Orientação dos Doentes Urgentes (CODU) quando se verifica um número de ocorrências superior à disponibilidade de meios, pois a falta de alimentos pode resultar em situações de excessivo cansaço ou em hipoglicémia.
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