Frota do INEM baseada no S. Francisco Xavier
O recurso a turnos de 24 horas, como excepção e não como consequência de falta de recursos ou mau planeamento, é aceitável, dentro de certos limites, nomeadamente se houver pausas adequadas e uma monitorização dos elementos das tripulações nas quais, em qualquer caso, a totalidade devia estar de serviço durante um período tão prolongado.
Pode-se aceitar que, numa tripulação de dois a três elementos exista um que efectue um turno de 24 horas, mas o ou os restantes apenas deveriam cumprir oito horas, de modo a manter o nível de alerta e a sensibilidade que permita avaliar permanentemente o estado físico e psicológico de quem trabalha um dia inteiro.
Logicamente haver tripulantes com turnos de extensão diferente num mesmo veículo obriga a um planeamento mais complexo, mas a segurança tem um preço que, neste caso, é sobretudo a nível de organização das escalas de serviço, não implicando despesas acrescidas.
Muitos dos problemas que se vivem no INEM são a nível de má organização e distribuição de meios, mais do que da falta de recursos, não obstante a redefenição do mapa hospitalar ter um impacto negativo no socorro, aumentando as distâncias a percorrer, do que resulta o prolongar das missões.
Um sistema de gestão mais eficaz, o pré-posicionamento de meios com a distribuição das tripulações a ser efectuada por veículos de transporte normais, a redefenição do sistema de escalas de serviço e, obviamente, o aproveitamento dos numerosos técnicos de ambulâncias de emergência formados e sem colocação atribuindo-lhes algum tipo de missão pode evitar muitos dos problemas com que o INEM se debate e, para alguns que não primam pela imaginação, apenas podem ser resolvidos com o dispêndio de mais verbas.
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