Um modelo de "transponder" autocolante
Este é um assunto polémico, que abordamos em textos que publicamos, e que visa, segundo o Governo, combater a criminalidade, facilitar a gestão de tráfego e detectar infrações fiscais, mas a aplicação prática pode, obviamente, não corresponder ao pretendido.
A menos que o identificador seja apenas obrigatório quando o veículo está a circular, é de prever que estes dêm origem a crimes de furto, pelo menos até que alguém descubra como replicá-los o que, sendo algo complexo para quem o pretende efectuar uma única vez, é relativamente simples para uma rede com algum grau de profissionalismo e disposta a investir umas centenas de euros.
Os "transponders" podem, efectivamente ser úteis, sendo bastante mais eficazes do que os sistemas de leitura de matrícula, facto que comunicamos oportunamente ao Ministério da Administração Interna, mas tal só será verdade se forem difíceis de furtar, pelo que devem poder ser removidos pelos proprietários sempre que o queiram, ou se puderem ser colocados em locais algo inacessíveis no interior do veículo, mantendo-se invisíveis do exterior.
Caso estes dispositivos, que podem ser lidos e duplicados usando equipamentos disponíveis no mercado, sejam instalados em permanência e de forma visível, de pouco servirão no combate à criminalidade, acabando por ser apenas mais um instrumento da administração fiscal na cobrança de impostos ou das autoridades policiais na verificação da existência de seguro e inspecção válida.
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