quarta-feira, setembro 03, 2008

Agosto com menos área ardida num ano sem mortes


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Um incêndio florestal numa encosta

Este mês de Agosto foi aquele em que se registou uma menor área ardida, não obstante o número de ocorrências ter aumentado em relação ao ano anterior, que apresentou valores totais muito abaixo da média dos últimos anos.

Neste mês de Agosto a média diária caiu para números entre os 90 e 100, com apenas dois fogos de longa duração, o que permitiu uma maior consolidação no termo do combate, com um rescaldo eficaz e poucos reacendimentos, algo que não era possível quando os bombeiros, mal tinha apagado um fogo, logo tinham que acorrer a outro.

Vários factores contribuiram para este resultado, sendo essencial a rapidez com que os bombeiros conseguiram chegar ao local da ocorrência, com tempos médios da ordem dos dez minutos após o alarme, o que corresponde a perto de metade dos objetivos inicialmente defenidos.

Também as condições meteorológicas ajudaram, com temperaturas, grau de humidade e ocorrência de chuva a evitar uma excessiva secura dos solos, aliado à inexistências de ondas de calor, condicionando assim a progressão das chamas e facilitando o trabalho dos bombeiros cujas principais dificuldades muitas vezes se centraram na falta de acessibilidade e nos ventos fortes que se fizeram sentir em diversas ocasiões.

Finalmente, as barreiras naturais e descontinuidades resultantes dos incêndios dos anos anteriores, com uma perda real de áreas de floresta e de mato na ordem das largas centenas de milhares de hectares, limitaram e confinaram os incêndios, evitando a sua propagação desenfreada como sucedia apenas há uns anos atrás.

No entanto, mais do que a diminuição da área ardida, que não deixa de ser importante, o facto de não ter havido perda de vidas humanas, algo que persistia em suceder mesmo em anos mais calmos como o de 2007, em que dois pilotos morreram na queda de aeronaves, será o que consideramos como mais positivo.

É sempre possível reflorestar, replantar ou reconstruir, tal como se pode compensar os prejuizos resultantes dos fogos, mas não há nada que traga de volta aqueles, e são muitos, que perderam a vida em consequência dos incêndios florestais e cujo sacrifício merece ser recordado.

1 comentário:

anjo disse...

O ano ainda não acabou , é uma gd verdade este ano tem havido menos fogo , mas vais ver os fogos em em Outubro , há e é bom sinal é sinal q as medidas utilizadas tem sido ificazes beijos doces