Um velho Land Rover de bombeiros voluntários
Este será, possivelmente, um passo a dar, com diversas situações em que o voluntariado puro começa a dar lugar a sistemas mistos, com misto ou enquadramento profissional ou com regimes de semi-profissionalização, que poderá incluir uma forma de remuneração indirecta, seja em termos de benefícios sociais, de regime fiscal ou, mesmo, sob a forma de subsídios ou apoios.
Consideramos que haverá sempre voluntários que desempenharão as suas missões num regime completo de gratuiticidade, mas a tendência será para haver, a par de uma maior exigência em termos de desempenho, alguma forma de compensação, facto que será inteiramente justo e evitará que muitos dos que servem uma causa, para além do tempo empenhado, acabem por contribuir financeiramente sob várias formas directas ou indirectas que podem ser tão simples como a necessidade de se deslocar a expensas próprias, pagar refeições ou prescindir de um rendimento profissional extra.
Outra vertente, algo independente desta, é o voluntariado empresarial ou institucional, que já hoje permite algum tipo de retorno, e tem atraído um crescente número de interessados que beneficia de vantagens fiscais e publiitárias, as quais estão vedadas aos particulares.
Esta é uma questão que, tal como outras, como a tentação de substituir trabalhadores pagos por voluntários, deve ser analisada com prudência, sabendo-se que a aparição de voluntários com elevados níveis de qualificação, com capacidade para participar e mesmo coordenar projectos complexos, tem que ser gerida com equilíbrio e sensibilidade, mantendo uma proporção e o sentido das missões de voluntariado dentro da filosofia de entrega e serviço ao próximo.
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