Um helicóptero ao serviço do INEM
Estas aeronaves que vêm na sequência de uma promessa feita em 2007 pelo anterior Ministro da Saúde para compensar o encerramento de serviços de atendimento e que obteve um parecer técnico desvaforável por parte gabinete de planeamento e controlo de gestão do INEM, ainda sob a anterior administração, deverão estar, segundo o ministério da Saúde, operacionais no segundo semestre deste ano.
Um estudo anterior, recomendava a aquisição, mas num contexto diferente, com um mapa de urgências que não o actual e uma outra estutura viária, mas foi esta contradição técnica a ser usada pelo Governo para justificar um gasto que surge, como coincidência ou talvez não, em pleno ano eleitoral.
As dificuldades de transporte, segundo o ministério da Saúde, não se resolve com ambulâncias, mas os helicópteros têm dificuldades acrescidas durante a noite e são vulneráveis às más condições climáticas, podendo criar uma falsa sensação de segurança que irá permanecer até ao primeiro incidente a ser tornado publico e que, provavelmente, será a falta de socorro atempado devido à impossibilidade de recurso a meios áereos.
Entretanto, as populações abandonadas do Interior, concretamente de Trás-os-Montes, das Beiras e do Alentejo, bem podem esperar por uma alternativa dispendiosa que não pode substituir os serviços encerrados nem na vertente dos cuidados médicos, nem, obviamente, na área social, onde a rede de saúde primária tem uma função essencial.
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