quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Incêndios continuam na Austrália - 2ª parte


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Uma imagem de um incêndio na Austrália

Nesta perspectiva, perante as opções políticas que predominaram ao longo de anos, podem surgir acusações de falta de acção governativa ou mesmo de terem sido tomadas decisões que agravaram as condições climáticas e prepararam o cenário onde esta tragédia inevitavelmente se desenrolou.

Quando surgem situações nas quais a responsabilização política é quase inevitável, a típica antecipação é desviar a atenção reorrendo a motivações criminosas e lançar acusações de fogo posto que tendem a servir de desculpa para décadas de políticas erradas, que obtiveram votos, mas que agora se revelam como criminosas.

Sem condições propícias, fruto de uma combinação climática adversa, que tem evoluido negativamente devido à acção humana, a comportamentos permissivos e a políticas desadequadas, não seria possível que um conjunto de incendiários, mesmo que actuando coordenadamente, provocassem tamanha destruição ou tantas vítimas, pelo que devemos, sem descurar a vertente criminosa, centrar a atenção nas verdadeiras causas desta tragédia.

O incendiarismo, na Austrália como cá, tende a ser uma justificação fácil e um método de desresponsabilização óbvio, normalmente aliado a um aumento da moldura penal para este tipo de crime, de algum tipo de subsídios para a reconstrução e, sobretudo, de uma grande mediatização das prisões efectuadas, as quais tendem a ser esquecidas quando os julgamentos revelam que as culpas devem ser repartidas com os dirigentes políticos.

1 comentário:

Reinaldo Baptista disse...

Uma coisa é de louvar nos australianos, não culparam os seus bombeiros, além disso elogiaram o seu trabalho, mesmo com 189 mortos cerca de um milhar de casas destruídas.