quarta-feira, julho 01, 2009

Até 15 de Junho já ardeu tanta floresta como durante 2008 - 3ª parte


Image Hosted by Imageshack
Um incêndio florestal em Portugal

Infelizmente, com base no cálculo do tempo necessário para regenerar áreas ardidas, analisando as alterações climáticas e as próprias vulnerabilidades de um dispositivo ainda excessivamente vocacionado para uma sazonalidade que se tem esbatido, começa a ser possível prever quais os anos mais complicados se não se verificarem condições climáticas fora do normal.

O problema das estatísticas tem ainda uma outra vertente, raras vezes abordado, concretamente o da área de povoamentos ainda sobrante após anos de devastação e o do aumento das descontinuidades, do que resultam barreiras naturais que detêm as chamas em locais onde se verificaram fogos no passado.

Efectivamente, está-se a comparar o incomparável, a observar dados que refletem realidades de tal forma diferentes que quase poderiam provir de diferentes países, pelo que a não introdução de valores de correcção resulta num conjunto de estatísticas que não permitem uma base de trabalho realista.

Se usarmos como base, ou introduzirmos como correcção apenas duas variáveis, o da área existente, que tem vindo a diminuir, e o efeito das barreiras naturais, que aumentam anualmente, a análise que resulta dos números disponíveis seria bem distinta.

Sem comentários: