quarta-feira, agosto 26, 2009

Descrepância de grandes incêndios nos dados nacionais e europeus - 2ª parte


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O efeito de um incêndio florestal

O EFFIS, instituido pelo Centro Comum de Investigação (CCI) e pela Direcção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia, usa um sistema de observação via satélite, com actualizações em tempo real, capaz de avaliar quer as áreas ardidas, quer o nível de risco e subsquentes alertas, pelo que a forma de operar é bastante diferente da utilizada pela AFN.

Por seu lado, a contabilização de áreas por parte da AFN baseia-se, sobretudo, no somatório obtido a partir de dados recolhidos no terreno, sendo óbvio que um esclarecimento relativo à metodologia utilizada é absolutamente necessário, sob pena de, independentemente da sua validade, estes perderem credibilidade.

Pequenas diferenças são aceitáveis, como resultado do método de avaliação e cálculo, ou mesmo a divisão de um incêndio de grandes dimensões em dois um mais que queimassem uma área inferior, o que pode ser verificado no terreno mas pode ser negligênciado ou omitido quando se considera haver continuidade entre as várias áreas devastadas, pelo que o cerne da questão deve ir no sentido dos totais e do mapa que destes resulta.

Uma maior ou menor fragmentação pode, portanto, justificar um maior ou menor número de "grandes incêndios", mas nunca uma descrepância a nível de área ardida que ultrapasse uma pequena percentagem, a nível dos poucos pontos, sem o que a metodologia nacional terá que ser revista e métodos de verificação implementados, sob pena de os dados e as próprias entidades que os revelam deixarem de ser credíveis.

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