domingo, agosto 23, 2009

Incêndio em Belas ameaça casas - 2ª parte


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Um fogo florestal em Portugal

A ocorrência de um novo fogo, o maior que se verificou na zona nos últimos anos, sensivelmente no mesmo local onde ocorrera um incêndio no ano anterior pode, naturalmente, levantar algumas suspeitas, mas pode também ter uma explicação mais simples, baseada na acessibilidade, na exposição aos elementos e na manifesta falta de limpeza da área.

Esta última questão é, indiscutivelmente, a que mais chama a atenção, tendo sido mencionada por diversos moradores, e a que mais responsabiliza as entidades oficiais responsáveis por fazer cumprir as disposições legais e pela própria limpeza, caso esta pertença a particulares que optém por não proceder aos trabalhos impostos por lei.

Obviamente, é mais fácil, menos responsabilizador e muito mais conveniente, sobretudo em época eleitoral apontar o dedo para uma hipotética intencionalidade do que reconhecer que existe uma manifesta falta de limpeza dos terrenos onde se iniciou o fogo, mas, independentemente da origem, o facto é que estando o terreno limpor, as consequências seriam francamente menores dada a maior dificuldade de propagação das chamas.

Seria conveniente que aquilo que é exigido aos particulares, muitas vezes justamente punidos pela sua negligência, também o fosse às entidades públicas, responsabilizando-os pessoalmente e não apenas politicamente pelas opções erradas ou pela ausência de acção que permite que pequenos focos de incêndio facilmente se transformem em fogos descontrolados que destroem parte da riqueza natural do nosso País.

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