Presidente da República visitou o Sabugal - 2ª parte

Um incêndio florestal em Portugal

O perigo de desertificação resultande de uma saida de habitantes foi, precisamente, uma das preocupações do Presidente da República, ciente de que esta tentação existirá não apenas por razões económico-financeiras, mas também por motivos psicológicos dada a dificuldade em enfrentar a visão de uma terra queimada em redor do local onde se vive.

No entanto, não obstante os vários apoios, esta é uma situação que resulta de erros que se prolongam desde há décadas e têm hoje consequências estruturais, pelo que os apoios pontuais e transitórios que surgem nos casos de maior gravidade de pouco servem para além de adiar um desfecho inevitável.

As despesas do Estado na reparação de danos que resultam, efectivamente, das suas políticas ou da negligência com que aborda problemas incómodos, são, tal como tantos outros supostos investimentos, apenas gastos, que teriam sido aplicados de forma muito mais eficaz a prevenir as situações resultantes dos erros cometidos.

A visita do Professor Cavaco Silva, cujo gesto apreciamos, caso não seja o início de uma mudança política, não contribuirá mais do que para prolongar uma longa agonia das populações deste concelho, instados a permanecer numa região que cada vez oferece menos condições de uma vida digna, com a segurança e prosperidade que os seus habitantes, e qualquer ser humano, bem merece.