segunda-feira, outubro 26, 2009

Tratamento noticioso do suicídio na GNR e na France Telecom - 3ª parte


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Militar da GNR numa operação Stop

Por outro lado, nota-se que para além de um comentário a nível de relações públicas, que menciona de forma recorrente o núcleo que dá apoio psicológico aos militares, pouco mais é adiantado, faltando ouvir o poder político e o ministério da tutela, de quem depende muito do que se passa na GNR como reflexo da legislação e dos instrumentos financeiros aprovados, os quais condicionam decisivamente o funcionamento da instituição.

Também as consequências de algo que, manifestamente, tem a ver com o funcionamento das organizações, tem consequência distintas na hierarquia, com o clima de manifesto mal estar na GNR a não merecer uma atitude de força, que sabemos ser difícil devido ao carácter militar da instituição, por parte do comando-geral, enquanto a nível da telefónica francesa a vaga de suicídios abala a própria administração.

Em contrapartida, em Portugal a vaga de suicídios, para além de uma expressão de solidariedade, não resulta nem numa acção imediata, que antecipe uma solução defenitiva, nem se verifica o normal assumir de responsabilidade que, em princípio, deve passar pelo apresentar do pedido de demissão por parte do comando da GNR.

Grande parte da ausência de reacção deve-se, naturalmente, ao tratamento noticioso, que ao minimizar, por omissão, a gravidade da situação, não cria a pressão junto da opinião pública que muitas vezes é necessária para que o poder político introduza as necessárias mudanças que previnam novos casos de suicídio.

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