As 40 vítimas mortais resultantes das intempéries na Madeira, algo que lamentamos profundamente, bem como os numerosos feridos e elevados prejuizos materiais, devem ser objecto de reflexão, dado tratar-se de uma tragédia que excede em muito outras que atingiram esta ilha no passado.
As chuvas intensas e os fortes ventos causaram numerosas inundações, derrocadas, arrastaram viaturas, destruiram vias de comunicação, provocaram deslizamentos de terras e fizeram ruir habitações, causando sérias dificuldades de movimentação e nas próprias comunicações, criando dificuldades adicionais no socorro das vítimas.
Sem por em causa a intensidade dos elementos naturais, que deverá ser analizado comparativamente com situações anteriores e à luz da evolução do clima, devemo-nos centrar essencialmente na responsabilidade da intervenção humana e na forma como as decisões ou opções recentes podem ter influido no trágico número de vítimas.
Uma análise deste tipo obriga, em nome do rigor, a destrinçar as causas individuais que contribuiram para a existência de cada vítima, de forma a que se possa concluir se estamos diante de algo inevitável em função do grau de imprevisibilidade ou se resultam de decisões erradas e cujas consequências agora são sentidas.
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