Os recentes acidentes na A-25, ocorridos numa zona de traçado difícil e onde as mudanças rápidas das condições climáticas podem resultar na queda de um nevoeiro espesso, obrigam necessariamente a reflectir sobre as condições de segurança que resultam na crescente substituição de meios humanos por sistemas automáticos.
Durante anos, a vigilância nas estradas nacionais esteve a cargo da Brigada de Trânsito (BT), uma unidade especializada da Guarda Nacional Republicana, que, pela sua presença no terreno, tinha uma capacidade de intervenção a vários níveis no ordenamento do trânsito e no envio de alertas quando se verificasse uma situação anormal.
A dissolução da BT e a manifesta diminuição dos quilómetros feitos em patrulhamento, algo que consta dos dados oficiais, tem acompanhado uma inversão da redução do número de acidentes, algo que não deveria acontecer quando a circulação, calculada através do consumo de combustíveis, tem diminuido de forma substancial.
Assim, constata-se que a um menor número de quilómetros percorrido pelos condutores portugueses, tem correspondido a um maior número de vítimas, algo que nunca devia acontecer face à melhoria do parque automóvel e à menor densidade de circulação.
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1 comentário:
Uma perspectiva correcta, sem dúvida.
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