Há muito que se esperava que da substituição do "Cartão de Eleitor" pelo novo "Cartão do Cidadão" onde o número de eleitor se encontra electronicamente gravado, mas não é visível sem um leitor adequado resultassem dificuldades na altura de votar, podendo, no limite, impedir que alguns eleitores o façam.
Esta é a consequência de um deslumbramento tecnológico que não é suportado por um planeamento adequado e pelos meios financeiros necessários, essenciais para que as informações alojadas num "chip" sejam acessíveis e, consequentemente, utilizáveis.
A situação foi bem patente nestas últimas eleições presidenciais, mas é análoga ao que se verifica com inúmeros cartões que igualmente têm informações apenas acessíveis através de um leitor adequado, sem o que se vêm restringidos ao que neles está visível e que tende a ser muito menos do que o somatório dos documentos que substitui.
O irrealismo destas medidas, infelizmente, traduzem a ausência de uma ligação entre os políticos e a realidade do País, sendo manifesto que estes vivem num universo paralelo, indiferentes aos problemas dos cidadãos, enquanto se comprazem na elaboração de medidas que, não tivessem as consequências que daí decorrem, seriam risíveis.
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