terça-feira, fevereiro 08, 2011

Fogo volta à Serra da Estrela - 2ª parte

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Incêndio florestal em Portugal

Estes incêndios, independentemente das causas, assumem sempre proporções diferentes em locais de difícil acessibilidade, muitas vezes resultantes de medidas demasiado restritivas que impedem a circulação dos poucos veículos que mantinham os corta-fogos transitáveis.

Também a desertificação das zonas mais remotas, em grande parte derivado da diminuição da pastorícia e da insustentabilidade económica de muitas pequenas explorações agrícolas tende a resultar num alerta tardio, resultante do acaso ou de uma coluna de fumo visível a longas distâncias, o que implica que o fogo já tenha atingido alguma gravidade.

Se para este último problema só medidas profundas terão algum impacto, dado que revitalizar toda uma região implica tempo, recursos e, sobretudo, uma estratégia de médio e longo prazo, algo que manifestamente falta, seja por uma questão de vontade, seja de competência, no caso da circulação em áreas protegidas será sobretudo uma questão de legislação.

A imposição de restrições para além dos limites do razoável, típicas num Estado fraco, onde a capacidade de fazer respeitar as leis e de julgar em tempo adequado quem as viole, tem sempre resultados preversos, onde os efeitos colaterais ou secundários negativos acabam por ultrapassar o efeito positivo pretendido.

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