quarta-feira, março 16, 2011

Cedendo perante os fortes - 5ª parte

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Uma fila num posto de abastecimento

Com perto de meia centena de postos, sobretudo na zona da Grande Lisboa, já sem gasóleo, e alguns destes também sem gasolina, bem como a evidência de prateleiras vazias em alguns supermercados de menor dimensão, é óbvio que o impacto desta paralização de faz sentir mesmo antes do expectável.

Poucos dias após a manifestação da "geração à rasca", pouco depois do anúncio de novas medidas restritivas, divulgadas fora do País, sem aviso aos restantes orgãos de soberania, e neste caso será uma questão de forma e não de legitimidade, a simples sugestão de dificuldades a nível de abastecimento de bens de primeira necessidade pode ser a gota de água.

No entanto, é a incerteza no futuro e a falta de perspectiva que mais desgasta, resultando na sensação de que aos sacrifícios exigidos não corresponde um efeito prático, uma mudança de rumo ou, sequer, atitudes diferentes que apontem noutra direcção e no seguimento de uma estratégia de desenvolvimento perceptível.

Estamos na eminência de uma crise política, que parece sucessivamente adiada sem nunca encontrar uma solução final, que prolonga um clima de provisoriedade e incerteza que, quase certamente, terá efeitos mais graves do que um desfecho rápido, dado o tempo que se perde nesta lenta mas destrutiva corrosão.

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