Dada a interdependência de muitos serviços e mesmo de funcionários individuais, este autêntico "efeito dominó" tem um impacto muito para além do que as estatísticas revelam, as quais minimizam as reais consequências de uma greve, tipicamente avaliadas pelo número de adesões e pelas faltas ao trabalho que, a existir, a ela podem ser imputadas.
Apesar disto, não surgem avaliações reais dos custos deste tipo de paralização, talvez para evitar a imposição de novas medidas vindas do exterior, ou a simples confissão da vulnerabilidade de um País onde aos astronómicos custos das vias de rodoviárias e ferroviárias não correspondem alternativas de mobilidade, sacrificando sobretudo os que menos opções possuem.
Mesmo para quem tem opção de se deslocar em viatura própria, e suportar os custos inerentes a esta opção, que vão desde os absurdamente elevados preços dos combustíveis ao estacionamento pago, passando por portagens, as despesas e demoras fazem equacionar a possibilidade de faltar, perante despesas que podem quase neutralizar os proveitos.
Acrescem ainda um conjunto de efeitos colaterais, resultantes da perda de mobilidade resultante do elevado tráfego, como as dificuldades acrescidas nas deslocações urgentes, nomeadamente nas missões de socorro, tanto mais críticas quanto o número de acidentes aumenta quando a combinação destas condições ocorre, implicando demoras e indisponibilidade de meios.
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