Bombeiros combatem um fogo florestal em Portugal
Manifestamente, longe vai o tempo em que os incêndios dominavam os noticiários, facto justificado em parte pelo menor número de ocorrências, de área ardida e, sobretudo, de vítimas, tendo o tratamento noticioso uma menor carga emocional, apesar de, em muitos aspectos, haver pouca evolução na forma como esta temática é abordada.
Parece algo ultrapassado o tempo em que a aposta noticiosa era sobretudo nas imagens directas das chamas, alternando com a destruição por estas causadas e por muito pouco respeitadoras imagens de quem se viu envolvido numa tragédia, perdendo haveres e meios de sustento, tendo-se evoluido no sentido de uma maior descrição e distanciamento, evitando algumas situações mais chocantes.
Nota-se sobretudo uma maior prudência na exploração de emoções ou sentimentos, surgindo agora os civis sobretudo quando eles próprios enfrentam as chamas ou na qualidade de testemunhas, mas não essencialmente no papel de vítimas, tal como aconteceu durante muitos anos, sobretudo em 2003 e 2005.
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