sexta-feira, julho 22, 2011

Incêndios voltam aos noticiários - 2ª parte

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Um popular combate um incêndio florestal em Portugal

Naturalmente que os incêndios, tal como qualquer evento relevante a nível nacional, devem ser acompanhados e noticiados, sempre com objectividade e com a necessária precaução, a qual não se pode traduzir em censura ou omissão, mas no cuidado necessário para que das notícias, e sobretudo das imagens televisivas, não resultem crimes de incendiarismo, sobretudo os praticados por quem o faz por ânsia de protagonismo, para ver as chamas ou assistir ao combate aos fogos.

Este é um equilíbrio difícil, sobretudo sabendo que existe uma premência no sentido de divulgar as reportagens obtidas, sendo complexa uma filtragem eficaz, razão pela qual as normas de orientação devem ser antecipadamente equacionadas, acompanhadas e, sempre que necessário, revistas, evitando o sensacionalismo e mantendo o necessário rigor.

Não obstante algumas imprecisões e mesmo algumas derivas sensacionalistas, é manifesto que a cobertura noticiosa dos incêndios tem evoluido no sentido positivo, com mais factos e dados e menos imagens que, para além de pouco esclarecedoras, eram muitas vezes constrangedoras e podiam incitar a comportamentos criminosos, e que durante anos encheram numerosas emissões televisivas.

Faltam, no entanto, análises mais alargadas, envolvendo especialistas e conhecedores, capazes de transmitir uma perspectiva mais abrangente que vá para além dos fogos e dê a conhecer as reais causas e consequências destes, devidamente enquadrada na realidade nacional e na interacção com os vários vectores que compoem esta complexa equação.

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