Esta transição algo abrupta entre um tempo quase de Verão e um mais de acordo com a época do ano que atravessamos e a chegada das primeiras chuvas fortes, é sempre motivo de preocupação, que consideramos ser agravada esta ano pela situação que o País atravessa e pelas consequências que daí resultam a vários níveis.
Por um lado, a falta de verbas de muitas autarquias pode ter determinado uma diminuição dos trabalhos de limpeza dos sistemas de escoamento, resultando em inundações francamente mais rápidas do que o habitual, acrescendo ainda os cortes em meios e na sua manutenção, dificultando ainda mais a sua intervenção.
Mas se estas são consequências intuitivas, outras sê-lo-ão menos, relacionando-se com a degradação das vias, uma menor manutenção dos veículos e o próprio comportamento dos condutores, muitos deles afectados pela crise que atravessamos e que, de forma inconsciente, adoptam atitudes menos prudentes, facilitando os acidentes.
A degradação das vias, sobretudo as não portajadas, tem vindo a aumentar, em consequência do desvio de tráfego resultante de quem opta não pagar portagens, sobrecarregando assim pavimentos cuja qualidade de construção não é compatível com um fluxo constante de veículos, onde a percentagem de pesados tem vindo a aumentar.
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