quinta-feira, outubro 13, 2005

Amanhã devia ser apresentado o Orçamento Geral do Estado


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Assembleia da República

Mas foi adiado para a próxima 2ª feira ao abrigo de uma disposição legal, numa tentativa de evitar os erros que surgiram no Orçamento Rectifcativo já da responsabilidade do actual Governo.

Não é segredo para ninguém que o próximo Orçamento Geral de Estado imporá diversas restrições a nível salarial e de investimento público, inevitáveis devido à actual crise que o País enfrenta. No entanto há áreas onde quaisquer cortes, longe de constituirem uma poupança, podem ter efeitos devastadores.

Esquecida ao longo do ano, a prevenção de incêndios florestais, nomeadamente através do reequipamento das corporações de Bombeiros e do corpos de Guardas Florestais, é uma das áreas onde o investimento tem vindo a ser sucessivamente cortado, com os resultados que todos conhecemos e lamentamos.

Muitos ainda recordam quando há poucos meses se podia assistir a patrulhas da Guarda Florestal deslocando-se por onde podiam em Toyotas Yaris alugados, incapazes de ir até onde realmente era necessário apenas porque eram os veículos mais económico disponíveis no mercado. Mais caricato ainda, a empresa de aluguer, compreensivelmente, solicitou que os automóveis não saissem do asfalto de forma a evitar danos de maior.

Este é o tipo de corte de despesas de que não precisamos e, infelizmente, aquele por que muitas vezes se opta, numa política de facilitismo coroada pela incompetência de tantos supostos especialistas que se acotovelam nos gabinetes de acessoria.

O Orçamento Geral do Estado, sendo um instrumento absolutamente condicionante durante todo o ano, determina o que pode ou não ser realizado e, em última instância, perspectiva o que podemos esperar quando chegar a inevitável época de incêndios.

De uma sub orçamentação nas áreas de meios de prevenção e combate podemos sempre esperar o pior, que dependerá essencialmente de um conjunto de condições climáticas que se agravam anualmente e são impossíveis de controlar, deixando as populações à mercê de um destino que se afigura particularmente cruel.

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