A Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais 2005, dirigida pelo General Ferreira do Amaral e extinta no passado dia 31 de Outubro, apresentou o relatório referente aos incêndios deste ano onde constam fortes críticas à coordenação dos meios disponíveis bem como à capacidade de mobilização das corporações de Bombeiros.
No ano em que foram disponibilizados mais recursos, os resultados deste esforço são particulamente negativos, pelo que, como sempre insistimos, a um aumento de meios não corresponde necessariamente uma maior eficácia, sobretudo quando factores tão importantes como a prevenção e a formação continuam a ser negligenciados.
O mesmo relatório também responsabiliza as autarquias pela falta de prevenção e de controle de acessos a áreas protegidas, facto que é inegável, mas com o qual, aparentemente, ninguém se preocupa e aconselha a extinção da APIF, com a transição dos seus quadros e competências para a Direcção Geral dos Recursos Florestais, o que corresponde, na nossa opinião, a um erro estratégico que já comentamos.
Noutro ponto, é recomendada a criação de uma estrutura única de socorro, com comando centralizado, sendo provável que com o objectivo de propor a substituição do actual Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Cívil por uma Autoridade Nacional, eventualmente com poderes alargados, mas cujos meios, muito provavelmente serão os mesmos.
Após uma primeira análise do relatório, este aponta factores há muito conhecidos sem, efectivamente, propor algo de inovador que faça crer num aumento da eficácia nos próximos anos, pelo que esta Autoridade se despede sem glória no rescaldo de um País em chamas.
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