terça-feira, janeiro 03, 2006

Quercus elege o melhor e o pior do ano em matéria de ambiente


Image Hosted by Imageshack
Site da Quercus

Na opinião do presidente da Quercus, Hélder Spínola, a expectativa em relação ao actual Governo era elevada mas a realidade dos últimos dez meses encarregou-se de demonstrar que as boas intenções teóricas não chegam para concretizar uma verdadeira política de ambiente.

Segundo o mesmo responsável, "o elenco governativo conta com um ex-ministro, um ex-secretário de Estado do Ambiente e pessoas com grande experiência na área do ambiente, colocando a nossa expectativa muito acima do habitual".

Hélder Spínola salienta ainda que "algumas opções teóricas defendidas são positivas mas tem sido muito difícil fazer com que o Ministério do Ambiente tenha peso dentro do próprio Governo, pelo que este ministério continua a reboque da política dos outros tornando-o incapaz de impor um rumo".

Efectivamente, em termos ambientais, é nossa opinião que este Governo tem estado ausente e as poucas intervenções muitas vezes deixaram muito a desejar, como a minimização dos efeitos dos fogos florestais deste Verão no Parque Natural da Serra da Estrela, cujas consequências devastadoras para diversas espécies protegidas mencionaremos proximamente.

Na vertente do ordenamento do território, igualmente da responsabilidade do mesmo Ministério, também não se tem notado o dinamismo necessário, sobretudo quando pensamos nas vastas áreas do Interior onde os efeitos dos incêndios florestais se têm sentido com particular gravidade e obrigam a uma intervenção urgente.

Tal como referiu o Presidente da Quercus, também consideramos que muito há a fazer e somos da opinião que se impõe alterações urgentes, seja de funcionamento, seja a nível dos próprios protagonistas, de forma a corrigir uma actuação que nos parece francamente insuficiente num País seriamente ameaçado pela desertificação.

Sem comentários: