O fogo destruiu ontem áreas florestais de vários concelhos dos distritos de Coimbra e Viseu, revelando sinais do que será a época de incêndios, com o caso mais grave a ocorrer em Cantanhede, onde as autoridades suspeitam que teve origem criminosa.
Este incêndio destruiu uma área de quatro hectares de pinhal e mato, em Venda Nova e Póvoa do Bispo, e a GNR apurou "fortes indícios" de que teve origem criminosa, pelo que alertou a Polícia Judiciária de Coimbra, a quem cabe a investigação.
O alerta para os Bombeiros de Cantanhede foi dado às às 13:25 e o fogo foi dado como circunscrito às 16:20, altura em que começou o rescaldo.
As chamas deflagraram numa zona de "muito difícil acesso", que obrigou os bombeiros a passarem por terreno lavrado e em que quatro viaturas ficaram atoladas.
"O ano passado fomos lá mais de 20 vezes apagar chamas", disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, Francisco Lourenço.
No distrito de Coimbra registram-se ainda fogos em Aldeia das Dez, no concelho de Oliveira do Hospital e Hortas, na Lousã, enquanto do distrito de Viseu houve casos em Tarouca, Almaça (Mortágua), Adiça e Canas de Santa Maria, em Tondela, Travanca de Bodiosa (Viseu), Águas Boas (Satão), Carregal do Sal, Ariz (Moimenta da Beira) e Barroncal no concelho de Lamego.
César Fonseca, coordenador do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil em Viseu, disse que os focos de incêndio em mato e floresta foram extintos rapidamente pelos bombeiros e revela-se pouco optimista, quando afirma que: "tudo aponta que vai ser outro ano terrível, pois prevê-se falta de água para o pico do Verão."
Em comparação com o ano passado, nos meses de Fevereiro e Março houve menos incêndios e menor área ardida, devido à chuva das últimas semanas.
Com a subida de temperaturas que se verificaram nos últimos dias, era previsível que os primeiros incêndios surgissem, muito antes da chamada fase Bravo, a partir da qual começa a haver um maior dispositivo.
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