domingo, março 19, 2006

Trocado o adjunto dos bombeiros de Viseu


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Cheias do rio Tejo em Constância em 1989

Rui Pedro, o engenheiro dos Serviços Florestais escolhido pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) para adjunto do novo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Viseu (CDOS), César Fonseca, decidiu, à última hora, não aceitar o cargo.

Para o seu lugar foi nomeado Henrique Pereira, antigo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cinfães e ex-inspector regional de Bombeiros do Porto, tendo ambos tomado posse na passada 4ª feira.

Recorde-se que a escolha de Rui Pedro foi muito contestada pelas estruturas de comando da maior parte das corporações de bombeiros do distrito de Viseu, por ser um homem sem experiência no sector e praticamente desconhecido da "família" dos Voluntários, levantando ainda mais protestos do que o nome de César Fonseca, também ele contestado por 28 das 33 corporações de bombeiros que exigiam a recondução no cargo de João Marques.

"Lamento que isso não tenho acontecido", desabafa Vasco Lima, comandante dos Voluntários de Tarouca, nomeado porta-voz dos revoltosos, e que elogia a competência do novo adjunto do CDOS.

"Ele devia era ter sido indicado para comandante e não para adjunto. Era a pessoa ideal para o cargo", afirma, aplaudindo o gesto de recusa de Rui Pedro ao declarar que "Mostrou ser um homem perspicaz e inteligente. Ele percebeu que não era bem vindo pela esmagadora maioria dos comandantes e recusou o lugar. Fez muito bem".

A mesma opinião tem o comandante da corporação de Penedono, António Nogueira que considera esta "uma atitude de muito bom senso", acrescentando que se mantém indisponível para integrar escalas de serviço durante a época dos fogos florestais, acrescentando "só tenho uma palavra e vou cumpri-la até ao fim".

A recusa do nomeado para adjunto e a sua substituição veio, indiscutivelmente, amenizar um pouco a situação delicada que se vive entre os bombeiros do distrito de Viseu, mas, como se pode verificar pela reacção de alguns comandantes, o problema está longe de estar resolvido, o que poderia ter acontecido se todos os nomeados fortemente contestados tivessem recusado os respectivos cargos.

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