segunda-feira, março 20, 2006

LBP suspeita que INEM tem um "plano secreto"


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Ambulância do INEM numa emergência

Um artigo que hoje será publicado no jornal "Bombeiros de Portugal", da Liga dos Bombeiros de Portugal (LBP), acusa o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de ter um "plano secreto" para criar uma rede autónoma de ambulâncias, duplicando os serviços de socorro actualmente prestados pelas corporações de bombeiros em vários concelhos.

Segundo a Liga, a ambulância do INEM está a prestar socorro a partir das instalações da Academia Militar, na Amadora, sem que os bombeiros tenham sido informados.

Ao Correio da Manhã uma fonte do INEM adiantou que "a ambulância foi colocada para responder a carências verificadas na zona".

De acordo com o artigo, cujo título é "Plano secreto pode complicar socorro", as ambulâncias do INEM devem chegar em breve a Sintra, Odivelas, Cascais, Setúbal e também a Coimbra, cidade que terá sido visitada recentemente pelo Presidente do INEM para observar "instalações desactivadas do Exército".

Uma terceira mudança que, segundo a Liga, consta do "plano secreto" é a mudança do helicóptero do INEM, actualmente estacionado em Sintra, para a Amadora, algo que também é desmentido pelo INEM.

Esta mudança terá sido desencadeada depois da assinatura de um protocolo entre os ministério da Defesa e da Saúde, em Julho do ano passado e o mesmo jornal cita, sem a identificar, uma de várias fontes do INEM contactadas para escrever que a colocação dos meios do instituto nas instalações do Exército é "outra estratégia para desacreditar os bombeiros".

Além da duplicação de meios, sem coordenação, o jornal denuncia ainda a intenção do INEM em apostar num sistema próprio de comunicações, contra a proposta dos bombeiros para centrais conjuntas de socorro.

Já nos pronunciamos relativamente à questão das centrais conjuntas, sendo da opinião que é necessária uma coordenação única e centralizada, com recurso aos mais recentes meios tecnológicos.

Num texto anterior, propusemos sistemas de geolocalização a instalar nos veículos de emergência, de modo a que, a partir de um sistema centralizado a nível nacional, possa ser enviado o meio adequado que se encontrar mais perto do local de intervenção.

Por outro lado, defendemos soluções baseadas no diálogo e no consenso, evitando situações de conflito ou suspeição que decorrem facilmente de "estudos prévios" feitos à revelia de uma das partes, os quais podem indiciar a imposição de uma decisão tomada à revelia dos restantes intervenientes no processo.

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