Início de um fogo controlado num exercício
O objectivo é, através da técnica do fogo controlado, aumentar o número de hectares de floresta tratados durante os próximos anos, prevenindo incêndios florestais, e fomentando a colaboração entre os dois países.
Cinco especialistas norte-americanos estiveram em Portugal para colaborar na prevenção dos incêndios e na formação de técnicos, defendendo a utilização do método do fogo controlado para prevenir incêndios e proteger a floresta.
"Acho que, em primeiro lugar, o recurso ao fogo controlado pode ser usado, antes de mais, para proteger as localidades", defendeu o técnico florestal norte-americano Art Torrez.
Esta técnica já foi utilizada nos concelhos de Manteigas, Bragança, Amarante e Vieira do Minho, onde, desde o início do ano, 600 hectares de floresta foram tratados, sendo intenção aumentar esse número e estender a acção a todo o País nos próximos anos.
"A floresta é um dos sectores prioritários. Vamos ter fundos financeiros para fazer acções como esta, que não podem ser pontuais. Daí termos um protocolo com vários países terceiros no sentido de dar formação, criar cada vez mais equipas de sapadores florestais", afirmou o Ministro da Agricultura, Jaime Silva.
Foram atribuidos 100.000.000 de euros do orçamento de Estado para aplicar na floresta, sendo a formação uma das áreas de investimento.
Actualmente, 30 portugueses estão credenciados para executar fogo controlado e para ensinar o que aprenderam a outros técnicos em Portugal.
A partir de agora, e com o protocolo que vai ser assinado, a ideia é que a ajuda entre os dois países passe a ser recíproca.
Sem por em causa o interessea da assinatura do protocolo em causa, lembramos que desde o longínquo reinado de D. Dinis, há cerca de 700 anos, é utilizada a técnica do fogo controlado, estando a mesma documentada em manuscritos da época, tendo este processo de combate aos incêndios continuado em uso entre nós ao longo dos anos.
Só recentemente, a utilização de fogo controlado parece ter caido em desuso em Portugal, mas o "know-how" ainda existe, nomeadamente a nível das corporações de bombeiros do Interior, pelo que é caso para nos interrogarmos de não seria mais útil uma colaboração noutra das áreas onde a formação, sobretudo em novas tecnologias, é bastante mais necessária.
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