sexta-feira, abril 07, 2006

Ministério paga 10.000.000 a bombeiros


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Viatura antiga dos bombeiros (Fernando Ribeiro)

O Ministério da Administração Interna (MAI) pagou, esta sexta-feira, parte dos 10.000.000 de euros das despesas de combate aos fogos de 2005 e que estiveram em falta até hoje.

Em cima da mesa estava a possibilidade da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) não participar no combate aos fogos florestais deste ano fora da área de actuação das corporações.

"Em causa estava uma situação de incumprimento por parte do MAI no pagamento de despesas referentes a 2005, o que comprometia também os meios para este ano", explicou ao PortugalDiário Duarte Caldeira, presidente da LBP.

A 18 de Março a Liga estabeleceu um prazo de três semanas para que se discutisse nos 18 distritos do país a viabilidade para combater os incêndios deste ano, caso o Governo não cumprisse os compromissos já estabelecidos, adiando para o conselho nacional desta noite a decisão final.

"Sem detrimento do que possa vir a ser decidido no conselho, o sentimento geral é de corresponder aos sinais positivos que nas últimas semanas foram dados por parte do Executivo. Assim, os bombeiros não podem deixar de cumprir o seu dever", adiantou.

O pagamento de parte da quantia em falta foi colmatada e a LBP e o MAI chegaram ao acordo para o pagamento do restante valor até meados de Maio.

"Em causa estão questões do Ministério das Finanças, mas a Liga concordou com essas condições", explicou.

Outro dos assuntos que será discutido esta noite é a intenção manifestada pela LBP em que haja uma separação entre a Protecção Civil e os Bombeiros.

"Este serviço (Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil) está esgotado. A avaliação é negativa a vários níveis. Esta parece-nos ser uma boa altura para lançar uma discussão que possa levar à separação dos dois serviços, já que o Governo está actualmente a efectuar uma reestruturação dos serviços do Estado", declarou o Presidente da Liga.

Este assunto está em discussão neste momento, na reunião da Liga que se realiza em Fátima, sendo que em relação à separação das funções do SNBPC por entidades distintas, já exprimimos a nossa discordância, dado considerarmos que o problema é sobretudo a nível de quem se continua a recusar a trabalhar em equipa e não uma questão organizativa.

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