Cartaz do Dia Nacional dos Vigilantes da Natureza
A Associação Portuguesa de Guardas e Vigilantes da Natureza (APGVN) considera que os dirigentes insistem "no ostracismo e na subalternização" dos vigilantes, pelo que exigem que sejam clarificadas competências e reforçados a formação e os meios que lhes são destinados.
Citado pelo Diário Digital, o presidente da APGVN, Francisco Correia, indicou que estes profissionais têm "muitas atribuições a nível do ambiente, mas agora parece que só uma única força, que tem uma grande máquina de propaganda (o SEPNA), é que faz tudo nesta área".
O também representante europeu de um organismo internacional referente aos vigilantes da natureza criticou o Ministério do Ambiente de apostar "em formações exteriores", em detrimento dos seus próprios funcionários, bem como de "sem estar a querer integrar estes serviços numa força militar".
"Há 18 anos, quando entrou a maior parte dos vigilantes, diziam que não se devia usar armas porque não se pretendia reprimir a população e sim sensibilizar. Agora, aposta-se numa força militar", afirmou Francisco Correia.
Os vigilantes criticam ainda a falta de aplicação de duas portarias recentemente adoptadas, relativas aos uniformes e aos cartões de identificação, e falam de lacunas no que diz respeito a medidas adoptadas para prevenir a gripe das aves.
O favorecimento do SEPNA e do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS) em detrimento de outras entidades com maior experiência, tem sido uma constante, desde que foi tomada a opção de dar a primazia à GNR na área da protecção da Natureza e do combate aos fogos florestais, demonstrando uma preferência por uma estrutura militar, mais facilmente controlável pelas instâncias governativas.
Sem comentários:
Enviar um comentário